Todos contra o Bullying

Olá,
Sejam bem vindos ao nosso blog. Ele foi criado com o intuito de ajudar a combater a prática de bullying nas escolas e sociedades em geral. Contamos com a participação de todos vocês para combater este mal que tem prejudicado o desenvolvimento de nossas crianças. Fiquem a vontade para comentar e deixar sugestões sempre que quiserem!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Qual a atitude dos pais quando os filhos praticam o bullying?

            Não há muitos estudos que visualizem este fato, mas podemos fazer um levantamento a partir de algumas indicações nos estudos que tratam do bullying de forma direta e através de casos de exposições de alunos que sofreram bullying e procuraram os pais do praticante ou até mesmo a própria justiça para solucionar o problema, fato estes que acabaram por esconder o problema em vez de expor o mesmo. Mesmo que o fato pareça contraditório.
            Os pais acabam por achar que a atitude dos filhos é algo normal, como “coisa de criança”, apenas uma brincadeira, penalizando somente quando o filho pratica uma ação física contra outro (mordidas, puxões, beliscões, empurrões e outros), não considerando os malefícios da atitude dos filhos, acreditasse então que a criança é apenas agitada, e acaba por não ser corrigidas pelos pais, de forma correta.
             Içami Tiba nos diz que "pais que lidam com filhos que praticam bullying devem deixar muito claro que o amor deles pela criança ou adolescente não muda, mas que eles absolutamente não aprovam esse tipo de comportamento". Mas para que este fator aconteça é preciso que os pais tomem conhecimento do que é bullying, não somente como espectadores perante a TV, mas como membros proativos dentro da escola, participando de fato dentro da vivência do aluno. Infelizmente acostumamos com os atos de violência, que cada vez mais são expostos pela mídia, banalizando o bullying, reforçando a idéia para alguns que é coisa normal, enquanto outros se sentem cada vez mais assustados, mas acreditam que esta seja uma realidade distante.
            A crença do bullying como brincadeira também é reforçado pela idéia de alguns pais acreditarem que “na minha época tinha tudo isso e ninguém fazia esse estardalhaço”. Acreditando ser somente exagero, somente uma palavra que esta na moda no momento.
            Existem ainda os pais que defendem a atitude dos filhos, demonstrando fortes vestígios de uma sociedade machista, já que a maioria dos alunos que praticam bullying são meninos, conforme a pesquisa realizada em 2009 através da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, ou seja, podemos observar a aceitação dos pais perante a atitude dos filhos, assim como uma criação na qual o filho tem que se garantir perante os outros, tornando-se mais forte.
            A melhor solução se os filhos praticam bullying é conversar, saber os porquês que causam a atitude. Os alunos que praticam bullying algumas vezes o começam a partir da vivência familiar, pela desatenção dos pais, ausência de afeto, incoerência nas práticas disciplinares, uso da violência dentro da própria família, e até superproteção da família, nestes casos torna-se necessário acompanhamento da família, por órgãos sociais ou psicólogos para obter um resultado verídico, reabilitando toda a família.
            Muitas são as suposições sobre o que fazer e as causas do bullying, mas é evidente o desconhecimento de pais e professores, quanto ao fato, professores que ignoram o assunto, neste caso os pais nem sempre tomam conhecimento da atitude dos filhos, juntamente com a falta de tempo que os pais dedicam aos filhos tornando-os livre para praticar os atos que desejarem.
            Içami Tiba propõe que quando os filhos praticam bullying é preciso fazer uma reabilitação com os mesmos, visitando creches ou turmas menores, criando vínculos de cuidado e carinho, em vez de acreditar que a criança é agitada e somente precisa de um exercício físico para colocar esta agitação para fora e tornar os filhos mais disciplinados.
             Antes de tudo é preciso colocar amor nas relações familiares, procurando manter a coerência nos atos disciplinares e de orientação dos filhos, ter disciplina não significa falta de liberdade.


Gisella de Oliveira Pinheiro, aluna do Curso de Licenciatura em  Pedagogia, no 5º Périodo do CEDERJ - UERJ








Referências bibliográficas:
Bullying nas escolas brasileiras: Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), 2009
Impactos da Violência na Escola, Refletindo com Professores sobre o enfretamento da Violência, Editora Fiocruz, 2009.



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